Na última sexta feira, dia 31 de
janeiro, os alunos da primeira companhia do CFO comemoraram mais uma etapa rumo
ao aspirantado.
A festa dos 100 dias é uma
tradição, cujo objetivo é fortalecer o espírito de corpo e união entre os
camaradas.
Na ocasião se fizeram presentes
o Comandante Geral da Polícia Militar, Cel Almir David Barbosa, além do Ten Cel
Fábio Pacheco, secretário municipal da SEMPAB, os quais prestigiaram o evento e
compartilharam da mesma expectativa.
Tradição, preparação, superação
são constantes na vida do cadete. No seu universo a comunhão com os camaradas
significa desenvolver o espírito de corpo, em prol do serviço de excelência
voltada para atender pequenas e grandes demandas da sociedade. Foram em média
oito mil horas, distribuídas em aproximadamente setecentos dias, mais de
sessenta disciplinas e mais de quarenta instrutores. Contabilizam-se ainda
quase duas dezenas de atividades extracurriculares como cursos, palestras e
workshops. Milhares de quilômetros percorridos, muitas abdicações, muitas horas
de cansaço, poucas horas de sono. Superação. A rotina é cansativa; a missão,
nobre. Agora, o tempo nos sorri: os cem dias regressivos começaram.
Neste pouco mais de dois anos em
que cursamos nesta jovem escola militar aceitamos viver uma nova etapa de
nossas vidas. Vidas estas que ao confluírem entre si em um ambiente comum,
caminharam em um só sentido: o término de curso cujo desfecho é a formatura do
aspirantado. Para alguns, o CFO representou uma mudança radical de hábitos e
costumes arraigados fora do âmbito militar, para outros o curso foi a
continuação da experiência militar ou policial, da massificação. O certo é que nossa
jornada nos possibilitou inúmeros aprendizados, sobretudo, referente aos
valores, não apenas institucionais e morais, mas aprendemos a dar valor em
coisas antes negligenciadas como uma simples folga, na qual nos desprendemos
parcialmente das atividades da academia para dar vazão aos nossos hobbies, atividades pessoais e,
sobretudo as nossas famílias e nossos entes. Aprendemos a lidar com, e mesmo
reconhecer, nossos limites – físicos e psicológicos – e também com os limites
de nossos pares, superiores e subordinados.
Cultivamos amizades verdadeiras,
a camaradagem, a responsabilidade para com o próximo. Formamos uma nova família
e hoje somos por ela, porém sem esquecer a nossa primeira família, nosso lar,
nosso berço, que nos depositou e deposita esperança, amor e expectativa –
estando longe ou perto. Desta família também fizeram parte aqueles que por bom
senso, coragem e idealismo pediram desligamento do curso e não estão mais
conosco, e deles não podemos deixar de prestar nossas considerações. Estes, com
certeza, levaram consigo aprendizados ímpares para toda vida.
De todo exposto, surge em nós a
vontade de contribuir para a melhora da qualidade de vida da sociedade
amazonense, de alçar voos em nossa carreira de oficial de polícia, de implementar
ideias inovadoras que a academia nos ajudou a construir, de fazer valer a lei
sob o prisma da justiça e do bom senso, de honrar nossa família, nossos entes,
nossos amigos e aqueles que dependem de nós. Mais que um exercício de
cidadania, muito mais que uma profissão, esta além do dom, esta na escolha de
poder fazer a diferença na vida do próximo, de contribuir para o crescimento de
uma sociedade mais justa.
(Texto:
Cadete M. Araújo- Fotos: P5 Batalhão Acadêmico)
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